QUEM SOMOS

O QUE É A IGREJA BATISTA REFORMADA HAMAMATSU?

O QUE É UMA IGREJA?

Segundo a Bíblia, a igreja foi criada, comprada e redimida por Cristo, é guardada, edificada e guiada por Ele (Mt 16. 18; At 20. 28; Ef 2.19-22, Cl 1.18). É a comunidade de todos os crentes em Cristo. Estes se reúnem, de forma organizada, como santos e eleitos de Deus, em congregações locais (Ef 1.1; 1Pe 1.1, 2; 1Co 1.2). Para cultuar a Deus (Rm 12.1), ser edificados e orientados somente pelas Escrituras Sagradas (2Tm 3.16), desfrutar da unidade, em edificação mútua, através do amor fraternal (At 2.42-47), submeter-se às ordenanças de Cristo, no Batismo e Ceia (Mt 28.19, 20; Lc 22.19, 20; 1Co 11.23-29) e proclamar o Evangelho ao mundo perdido (1Pe 2.9). Tudo isso, unicamente para a glória de Deus (Ef 3.21, Rm 11.36; 1Co 10.31).

POR QUE BATISTA?

Nos livros de história da igreja pode-se ter com mais detalhes e profundidade como surgiu e se desenvolveu a Igreja Batista no mundo até sua chegada ao Brasil, segue, porém, um breve resumo, feito pelo Pr. Marcos Granconato, citado do livreto “Conheça a Redenção”:

“A igreja nasceu a partir dos movimentos de reforma eclesiástica que atingiram o século 16. Mais especificamente, os batistas descendem da igreja inglesa que, com Henrique VIII, rompeu com o catolicismo romano, dando à denominada Igreja Anglicana.

Para algumas pessoas que pertenciam à igreja Anglicana, a reforma de Henrique VIII devia ser mais ampla, indo além de questões institucionais e atingindo áreas de fé e doutrina. Esses grupos, por desejarem um retorno ao Novo Testamento em sua forma mais pura, foram chamados de puritanos.

Entre os puritanos havia os separatistas que, além de se opor a certos aspectos teológicos da Igreja Anglicana, também não aceitavam o controle estatal da igreja, crendo que esta devia ser independente. Esses puritanos foram chamados de separatistas.

Evidentemente, a coroa inglesa não via com bons olhos os movimentos puritanos separatistas e os considerava ilegais. Por isso, muitos desses grupos fugiram da Inglaterra e se fixaram em vários países. Entre eles, em 1609, uma congregação liderada por John Smith (c. 1570-1612), refugiou-se em Amsterdã, na Holanda. Ali, John Smith teve contatos com os anabatistas e com os menonitas, sendo influenciado por esses movimentos no tocante a um retorno completo às Sagradas Escrituras, ao batismo somente de crentes e à rejeição do batismo infantil.

Em 1612, Thomas Helwys (c. 1550-1616) e outros membros da igreja fundada por Smith voltaram à Inglaterra e fundaram, em Londres, a primeira igreja batista. É interessante notar que essa igreja, a princípio, praticava o batismo por efusão, mas já detinha os outros traços distintivos dos batistas, tais como a aceitação da Bíblia como autoridade final em matéria de fé e pratica, a salvação pela graça mediante a fé somente, a separação entre a igreja e o Estado e o dever do governo de garantir a liberdade de consciência e de culto.

Os batistas de convicção calvinista, também chamados de batistas particulares, originaram-se, em 1633, a partir de um cisma na igreja liderada por Henry Jacob, em Londres. Esse grupo, além de enfatizar as doutrinas reformadas, insistia no batismo dos crentes por imersão e tornou-se o segmento mais influente dentro do movimento batista inglês.

Dez traços distintivos dos batistas

1) Adoção da Bíblia como única regra de fé e prática (2Tm 3.16).
2) Ênfase na doutrina da salvação pela fé somente (Ef 2.8-10).
3) Destaque para ensino do sacerdócio de todos os crentes (1Pe 2.9).
4) Separação entre Igreja e Estado, com ênfase na independência da igreja (Mt 22.21).
5) Autonomia de cada igreja local que adota a forma de governo congregacional (Mt 18.17; At 6.1-6).
6) Cooperação entre as igrejas para expansão do Reino de Deus (1Co 16.1-4).
7) Pratica do batismo por imersão ministrado somente aos crentes (At 8.36-39).
8) Rejeição do batismo infantil (Mt 28.19).
9) Consideração do batismo e da Ceia do Senhor como símbolos de verdades espirituais e não como sacramentos (Rm 6.4; 1Co 11.24-25).
10) Rejeição de doutrinas pentecostais, especialmente no tocante ao batismo do Espírito Santo acompanhado pelo dom de línguas (1Co 12.13,30)

Ressalvas

a. Os batistas não são seguidores de João Batista.

Muitos identificam os batistas com os seguidores de João Batista. Mas esse entendimento é fruto apenas da intuição popular que percebe a igualdade dos nomes e automaticamente passa a crer que há qualquer ligação entre ambos.

Esse modo de pensar, porém, não tem qualquer amparo, mesmo porque João Batista e seus discípulos nunca fundaram qualquer igreja ou movimento religioso. O papel de João e seus discípulos se limitou a preparar o caminho para a vinda do Messias que é Jesus (Mt 3.1-3). Depois disso, João saiu de cena (Jo 3.30).

b. Os batistas não adotam a Teologia da Prosperidade.

A teoria de que os crentes de fé terão prosperidade material e livramento de doenças - proposta pela chamada Teologia da Prosperidade - não é ensinada nas igrejas batistas genuínas por não ter amparo bíblico. Na Palavra de Deus, aprendemos que dificuldades físicas e financeiras advêm tanto a crentes como a incrédulos (Mt 19.23; Lc 16.22-23; Gl 4.13; Fl 2.25-27; 2Tm 4.20; Tg 2.5).

c. Os batistas não têm comunhão com seitas paraprotestantes.

Seitas paraprotestantes são aquelas cujos fundadores estiveram originalmente ligados de alguma forma a igrejas protestantes, mas romperam com elas por professarem doutrinas estranhas ao cristianismo histórico, fundando, em seguida, o seu próprio movimento. Daí ser impossível a comunhão entre eles e as igrejas batistas que preservam seus princípios fundamentais (2Jo 10).

d. Os batistas não praticam rituais comuns em outras igrejas ditas evangélicas.

Rituais de quebra de maldição, supostas orações de poder, cultos de libertação espiritual, unção de objetos e coisas do gênero não são práticas adotadas pelos batistas ou por qualquer igreja bíblica. Na verdade, essas superstições servem apenas para desfigurar o nome de cristão e desviar o coração das pessoas da verdadeira mensagem do evangelho, fazendo-as crer em fábulas (Mt 7.21-23; 2Tm 4.3-4; 2Pe 2.1-3). “

POR QUE REFORMADA?

A expressão “reformada” está ligada a Reforma Protestante que teve sua expressão maior a partir do século 16 na Europa. Naquele momento, alguns irmãos haviam percebido erros na Igreja Católica Romana, que era a maior expressão do cristianismo da época (ex.: padre Martinho Lutero na Alemanha). Com isso, desejaram reformas práticas e teológicas para que a igreja retornasse aos padrões das Escrituras e assim se assemelhar a igreja do 1º. Século, que era orientada pelos apóstolos.

Mas infelizmente eles não foram ouvidos, pelo contrário, viram neles uma ameaça e com isso aqueles que não se retrataram dessas ideias foram excomungados e alguns mortos. Contudo, esses irmãos que entenderam isso, com algum apoio das lideranças de seus países, iniciaram igrejas que buscavam retornar a questões essenciais da fé cristã. Podemos ver isso resumido nos 5 solas da reforma protestante:

Sola Scriptura - Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, a única fonte de revelação específica de Deus.

Solus Christus - Nossa salvação é realizada unicamente pela obra de Cristo.

Sola Gratia - Somos resgatados da ira de Deus unicamente pela Sua graça.

Sola Fide – Somo declarados justos somente por meio da fé e não de mérito ou obra.

Soli Deo Gloria - Devemos viver nossa vida inteira diante de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Esse inicio já foi um marco do retorno, porém ainda não suficiente, com Sua mão poderosa Deus estava conduzindo outros irmãos e irmãs a se aprofundarem no estudo das Escrituras, e a disposição de corrigir coisas que fosse praticado ou ensinado na igreja que não estivesse de acordo com Sua Palavra. Desses estudos podemos destacar um resumo que foi associado a João Calvino (teólogo e líder cristão na França e Suiça), que foi chamado de tulipa por formar um acróstico em inglês “Tulip” ou 5 pontos do calvinismo:

Depravação Total - Toda a humanidade foi afetada, danificada e distorcida pela entrada do pecado no mundo. Isso não significa que o homem seja tão ruim quanto poderia ser, mas que todos os aspectos de nossa vida são afetados pelo pecado, de modo que estamos mortos em nossas transgressões e pecados.

Eleição Incondicional - Deus escolhe a quem Ele quer escolher. Este é um dos pontos de maior conflito, entretanto, ele está intimamente ligado ao anterior. Uma vez que estamos mortos — literalmente incapazes de tomar qualquer tipo de decisão para nos ajudar — a única saída da nossa morte espiritual é que Deus nos tire dela. A eleição incondicional significa simplesmente que Deus escolhe dar a vida eterna sem ter visto nada de bom nos eleitos.

Expiação Limitada - A morte de Cristo paga por todos os pecados daqueles que foram eleitos. A expiação de Cristo é suficiente para que toda a humanidade seja salva (independentemente de crerem ou não), mas é eficiente somente para aqueles que crêem. O sangue de Cristo poderia salvar a todos, se essa fosse a vontade de Deus; mas essa não é a sua vontade.

Graça Irresistível - Quando a graça vem, nunca pode ser rejeitada: sua eficácia é perfeita. Isto significa que se Deus escolheu alguém, não há nenhuma maneira que essa pessoa não será salva. No momento oportuno Deus a chamará e ela crerá.

Perseverança dos Santos - Os escolhidos — os verdadeiramente salvos — perseverarão até o fim, não pode cair completa ou definitivamente do estado de graça.

[Texto da explicação dos 5 pontos do calvinismo extraído em parte do artigo de REYES-ORDEIX, GABRIEL - O Que Significam os Cinco Pontos do Calvinismo? Uma explicação simples da TULIPA - TGC]


Então a igreja Reformada está em uma constante busca por se reformar cada vez mais às Sagradas Escrituras na doutrina e na prática da vida (no dia a dia).

Um lema dos Reformadores Históricos era “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est.” (Voetius 1589-1676), do latim, que significa “Igreja Reformada está Sempre se Reformando”. Alguns autores na história inclusive nos últimos dias tentaram distorcer o real significado desta frase, dando a impressão de que esta frase dá motivo para aceitar qualquer novidade que chega na igreja, ou ainda que a igreja precisa viver mudando seus conceitos. Mas o significado real deste lema, como escreveu Augustus Nicodemus:

"... reformados não podem ser contra a continuidade da Reforma, pois sabem que a Igreja é composta de pecadores. Sabem também que a cada geração novos desafios se erguem contra ela. Todavia, só podem aceitar reformas e mudanças que nos tragam mais para perto da Palavra de Deus. Acho que o ponto central aqui é que os reformados creem que a verdade não muda e que as reformas que a Igreja deve buscar almejam sempre um melhor entendimento da verdade e uma aplicação relevante dela para seus dias." (Nicodemus 2006).

CONCLUSÃO?

Diante de todo o exposto acima, podemos dizer que a Igreja Batista Reformada Hamamatsu é a uma comunidade, de crentes em Cristo, que tem como padrão os traços bíblicos das igrejas Batistas históricas e das verdades bíblicas resgatadas na Reforma Protestante. Buscando individual e como comunidade reformar-nos aos ensinos da Palavra de Deus.

LIDERANÇA

A liderança espiritual é realizada por pastores, homens que preencham os requisitos de 1Tm 3.1-12 e Tt 1.5-9 (1Tm 2.11-14; Fp 1.1). Com isso, entendemos não ser bíblico a existência de pastoras e nos dias atuais nem a existência de apóstolos e profetas. Os diáconos são líderes que realizam atividades práticas para servir o corpo. A liderança administrativa é feita por uma diretoria e/ou conselho eleitos pela igreja.

FELIPE HIRATA foi missionário no Paraguai em 2007, depois foi pastor na Primeira Igreja Batista em Extrema - MG de 2008 a 2016, atualmente é nosso pastor desde 2017. 
Formado em Teologia com ênfases em Ministério Pastoral e Educação Cristã pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida - SP e Unicesumar, Especialização em Aconselhamento Bíblico (NUTRA-SP), pós-graduação em Exposição Bíblica (Faculdade Teológica Batista de Campinas - SP). Casado com Ludmilla e pai do Estêvão e Benjamin.

O QUE ACREDITAMOS

O QUE ACREDITAMOS

VERDADES ESSENCIAIS

I. Bíblia
As Escrituras do Antigo e Novo Testamento, em seus 66 livros, são verbalmente inspiradas por Deus1, dada a nós através de homens santos que foram movidos pelo Espírito Santo2, sem erros na escrita original e seus ensinos não conduzem ao erro3. São a suprema e final autoridade como regra de fé e vida4. Revela os propósitos de Deus, sendo indispensável para levar os pecadores à salvação, bem como os crentes à santificação, para a glória de Deus5.

1. 2Tm 3.16, 17
2. 2Pe 1.21
3. Jo 10.35; Sl 119.11
4. Rm 15.4
5. Rm 1.16; Hb 4.12; Sl 119.9

II. Deus
O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor.1 Ele é o criador, sustentador, redentor, juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça.2 Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições.3 Por isso, a ele devemos todo o amor, culto e obediência.4 Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas sem divisão em sua essência.5

1. Dt. 6:4; Sl 139; 1Co 8:6; Is 43:15; Mt 6:9; Jo 4:24; 1Tm 1:17; 2:5,6; Tg 1:17; 1Pe 1:16,17
2. Gn 1:1; 17:1; Êx 15:11-18; Is 43:3; At 17:24-26; Ef 3:11
3. Êx 15:11; Is 6:2; 57:15; Jó 34:10
4. Mt 22:37; Jo 4:23,24; 1Pe 1:15,16
5. Mt 28:19; Mc 1:9-11; 1Jo 5:7; Rm 15:30; 2Co 13:13; Fp 3:3.

III. Jesus Cristo
Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.1 Nele, por ele e para ele, foram criadas todas as coisas, as quais tudo sustenta.2 Ele não foi criado e é eterno, na plenitude dos tempos ele se fez carne, gerada pelo Espírito Santo e nascido da virgem Maria, sendo, em sua pessoa, totalmente Deus e totalmente homem.3 Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem.4 Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa dos pecados, conquanto ele mesmo fosse impecável.5 Salvador de todo o que nEle crê. Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde à destra do Pai, exerce o seu eterno sumo sacerdócio.6 Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, o único e suficiente Salvador e Senhor.7 Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para estabelecer seu reino eterno.8

1. Sl 2:7; 110:1; Mt 1:18-23; 16:16; 28.19 Mc 1:1; Lc 4:41; 22:70; Jo 1:1-3
2. Jo 1:3; 1Co 8:6; Cl 1:16,17; Hb 1.3
3. Mt 1.18-23; Jo 1:14; 8.58; Gl 4:4,5; Rm 9.5; Cl 2.9; 1.17; 1Tm 2.5; 1Jo 5.20
4. Jo 14:7-9; Mt 11:27; Jo 10:30,38; 12:44-50; Cl 1:15,19; 2:9; Hb 1;3
5. Jo 3. 16; Rm 8:1-3; Gl 3.13; Fp 2:1-11; Hb 4:14,15; 1Pe 2:21-25; 1Jo 3.5
6. At 1:6-14; Jo 19:30,35; Lc 24:46; Jo 20:1-20; At 2:22-24; 1Co 15:3-8; Hb 10.12
7. Jo 14:6; At 4:12; 1Tm 2:4,5; At 7:55,56; Hb. 4:14-16; 10:19-23
8. Hb 9.27; Ap 11.15

IV. Espírito Santo
O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade.1 É o Espírito da verdade, o consolador prometido.2 O recebimento do Espírito Santo, sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à igreja.3 Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica.4 Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.5 Opera a regeneração do pecador perdido.6 Sela o crente como propriedade eterna de Deus.7 Habita permanentemente no crente.8 Guia-o em toda a verdade.9 Capacita-o para obedecer à vontade de Deus.10 Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo.11 Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante.12

1. Gn 1:2; Sl 139:7-12; Lc 4:19,18 ; Jo 15:26; Hb 9:14; 1Jo 5:6,7; Mt 28:19
2. Jo 16:13; 14:17; 15:26
3. Jo 3.3-6; 1Co 12:12-15
4. Jo 14:16,17; 16:13,14
5. Jo 16:8-11
6. Jo 3:5; Rm 8:9-11
7. Ef 1.13-14; 4:30
8. 1Co 6.19
9. João. 16:13
10. Ef. 5:16-25
11. 1Co 12:4-7; Ef 4:11-13
12.Ef 5:18-21; Gl 5:22:23; At 1:8

V. Dom de línguas
O dom de línguas era a capacidade dada por Deus de falar um outro idioma não aprendido pelo indivíduo que falava. O propósito principal era de ser sinal do poder de Deus aos incrédulos para ouvirem e entenderem a mensagem de juízo.1 Um segundo propósito era a edificação da Igreja e para isso era necessário a interpretação da mensagem. Sem a interpretação para a igreja o propósito voltava-se a edificação pessoal do crente falando individualmente com Deus.2 Paulo não proibiu o falar em línguas, mas deu critérios bíblicos para orientar e organizar a sua atuação. Deveria ser motivado pelo amor. Precisava submeter-se à pregação.3 Limitava-se a dois ou três em determinada situação sendo um por vez.4 O falar em línguas em público era proibido para mulheres.5 Na igreja era exigido intérprete.6 Seu propósito era a edificação dos crentes.7 Precisava concordar com as Sagradas Escrituras.8 Deveria ser com decência e ordem.9 O foco principal deste dom era o povo judaico, a sua função foi cumprida no início da Igreja primitiva em que era formada, primariamente, por judeus 10, por isso, o dom de línguas não é para todos, não é sinal de espiritualidade, e nem merece ênfase na Igreja atual. Tanto é assim que a presença do Espírito Santo e o recebimento dos dons espirituais não ocorrem por mérito ou esforço humanos.11

1. 1Co 14.21-22; Dt 28.45, 46, 49
2. 1Co 3:2; 12:31; 13:11; 14:1,4,19,20; Hb 6:1
3. 1Co 14:19
4. 1Co 14:27
5. 1Co 14:34
6. 1Co 14:13,27,28
7. 1Co 14:26
8. 1Pe 4:11; 1Co 14:36-38
9. 1Co 14:40
10. 1Co 1:22; 14:21,22
11. 1Co 12.11; Hb 2.3-4

VI. O Homem
Por um ato especial, o homem e mulher foram criados por Deus à sua imagem e semelhança.1 Com um corpo maravilhosamente formado e uma alma imortal.2 O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada.3 Criado para a glorificação de Deus.4 Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua divina vontade.5

1. Gn 1:26-31; 5.1,2; Sl 8:1-9; Tg 3.9
2. Gn 2.7, 21, 22; Sl 139.14; Ec 12:7; Mt 10.28
3. Gn. 1:26-30
4. At. 17:26-29; 1Co 10.31; 1Jo 1:3,6,9
5. Sl 73.25-26; Jr 9:23,24; Mq. 6:8; Mt 6:33; Jo 14:23; Rm 8:38,39

VII. Casamento
O casamento é o compromisso mútuo assumido entre os cônjuges, diante de Deus e dos homens, de um desvinculo da antiga família, onde a prioridade agora é seu cônjuge, numa união onde haverá lealdade e afeição, será monogâmica, exclusivamente fiel, heterossexual e de intimidade total e permanente.1 É uma aliança que só se dissolve com a morte de um dos cônjuges, e promove o desfrute do prazer sexual.2 Não podendo ser realizado entre um crente e um incrédulo,3 ou entre pessoas do mesmo sexo.4 É o relacionamento que melhor representa o relacionamento entre Cristo e a igreja.5
1. Gn 2.24
2. Mt 5.32; 19.9; Lc 16.18; Rm 7.2-3; 1Co 7.10-11, 39; Hb 13.4
3. 1Co 7.39; 2Co 6.14-15
4. 1Co 6.9-10; Lv 20.13
5. Ef 5.22-33

VIII. O Pecado
Num ato livre e voluntário de desobediência do homem contra seu Criador, o pecado entrou no mundo e assim o homem perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado.1 Em conseqüência da queda de nossos primeiros pais, toda a raça humana representada neles, por natureza, tornou-se pecadora e inclinada à prática do mal.2 Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e sua lei.3 Como resultado do pecado, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus.4 Vivendo conforme suas próprias paixões e raciocínios vazios.5

1. Gn 2:15-17; Gn 3; Is 59:2; Rm 5:12-19; Ef 2:1,12
2. Sl 51:5; Jr 17:5; Rm 1:18-27; 3:10-19, 23; 5.18; 7:14-25; Gl 3:22; Ef 2:1-3
3. Sl 51:4; Mt 6:14; Rm 8:7-22
4. Rm 5:12-19; 6:23; Ef 2:5; Gn 3:18; Rm 8:22
5. Ef 2.1-3; 4.17

IX. Salvação
A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador recebendo a Jesus Cristo pela fé como único e suficiente Salvador1, para que tenha o perdão dos pecados e a remoção da culpa, que leva a condenação eterna.2 O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez, por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz, sofrendo as conseqüências da nossa culpa, satisfazendo as exigências da justiça de Deus, demonstrado em sua ressurreição.3 A salvação é um dom gratuito de Deus que compreende a regeneração, justificação, a santificação e a glorificação.4

1. Sl 37:39; Is 55:5; Sf 3:17; Jo 3.36; Tt 2:9-11; Ef 2:8,9; At 15:11; 4:12; 1Tm 2.5
2. Rm 5.1; Ef 1.7; Rm 8.1
3. Mt 20.28; Gl 3.13; 1Pe 1:18-21; 2.24; 1Co 6:20; 15.3,4; 1Jo 2.2; 4.10; Rm 4.25; 1Pe 1.3
4. Rm 6:23; Hb 2:1-4; Jo 3:14; 1Co 1:30; At 11:18

X. Eleição divina
Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde antes da fundação do mundo, de pessoas, predestinando-as para a salvação eterna 1, não por qualquer mérito, isto é, sem que Deus tenha visto anteriormente que creriam ou por qualquer qualidade e bondade, que fosse capaz de tornar os eleitos merecedores de seu favor 2, mas somente segundo a riqueza de sua graça. O homem é salvo somente pela fé em Cristo e nunca por obras 3, e essa fé é dom de Deus dada aos seus eleitos.4

1. 1Pe 1.2; Rm 9.14-18, 22-24; 1Ts1.4; Ef 1.4-5, 11; 2Tm 1.9
2. Rm 5.6-8; 9.10-13
3. Jo 6.28-29; Rm 3.20-24; Gn 3.11
4. Jo 6.37, 44, 65; At 11.18; 13.48; Rm 8.29-30; Ef 2.8; Fl 1.29; 2Pe 1.1

XI. Ordenanças
São dois ritos exteriores, instituídos por Cristo, para serem praticados na igreja, como símbolos visíveis das verdades centrais da fé cristã, são eles o Batismo e a Ceia. Eles não trazem qualquer benção espiritual em si e nem devem ser tratados como meros costumes religiosos, mas sim, praticados revestidos de seu real significado que é o que de fato lhes dá valor.1
Batismo é obrigatório a todo aquele que pela fé já recebeu a Cristo como seu Salvador, crendo nEle, pois ele proclama visivelmente este fato, anunciando a morte para o pecado, nosso sepultamento a semelhança da morte de Cristo e nossa ressurreição para uma nova vida.2 Por isso não deve ser realizado com bebês. Biblicamente a forma utilizada é a imersão total da pessoa em água, por ser um símbolo, suas características devem ser respeitadas.3
Ceia é um memorial que nos relembra a morte do Filho de Deus na cruz, para remissão dos pecados, e por isso, realça nossa comunhão com Ele e com os demais irmãos, exorta à purificação pessoal, instrui, proclama e traz a esperança do encontro com Cristo. Os elementos utilizados são o pão que simboliza o corpo de Cristo, que foi ferido por nós e o vinho que representa seu sangue vertido em nosso favor. Estes elementos são apenas símbolos da verdade, não tendo em si qualquer poder ou capacidade de dar vida eterna aos seus participantes. E tampouco se transformam em carne e sangue reais. Todo crente tem o dever de participar.4

1. Mt 28.19-20, Lc 22.19-20; 1Co 1.14-17
2. At 2.41,42; Rm 6.3-11
3. Mc 1.9-11; Jo 3.23; At 8.36-39
4. Mt 26.26-30; Mc 14.22-26; Lc 22.14-20; 1Co 11.23-34

XII. Anjos
São seres espirituais que foram criados por Deus em grande quantidade e poder, o significado da palavra anjo é mensageiro. Foram criados em estado de santidade,1 aqueles que guardaram este estado são chamados de anjos eleitos, porém um grupo caiu deste estado, ao rebelarem-se contra Deus, tornando-se definitivamente maus, sem possibilidade de arrependimento para eles, estes são chamados de demônios.2 O propósito dos anjos é glorificar a Deus e cumprir suas ordens.3 Nunca devem ser adorados ou buscados.4

1. Jd 6; Jó 38.4-7
2. 2Pe 2.4; Jd 6; 1Tm 5.21; Hb 2.16
3. Sl 103.20; Is 6.2-3; Lc 16.22; Hb 1.13-14
4. Ap 22.8-9

XIII. Satanás
É um anjo que foi criado perfeito por Deus, tinha uma elevada posição de autoridade sobre os demais seres espirituais,1 porém tomado de orgulho rebelou-se contra seu Criador desejando ser como Deus, por isso foi deposto de sua posição, sendo destinado ao inferno.2 Satanás não é Deus e nem poderoso como Deus, por isso não é onisciente, onipresente, onipotente ou auto-existente, mas é muito poderoso, astuto e enganador.3 Atualmente opõe-se à pregação do evangelho, acusa, ataca e tenta os crentes, buscando desvia-los do seu alvo principal de glorificar a Deus.4 Aos incrédulos, cega o entendimento, engana, escraviza, mantem sob seu controle e domínio.

1. Ez 28.12-15
2. Is 14.12-15; Ez 28.15-19; Mt 25.41; Ap 12.9-10
3. Jó 1.9-11; 2Co 2.11; 11.14; Lc 10.18; Ez 28.15; Ef 6.11,12; 2Ts 2.9; Mt 24.24; Jo 8.44
4. Jó 2.7; At 5.3; 1Ts 3.5; 1Pe 5.8-9; Ap 12.9-10
5. Mc 4.15; 2Co4.4; Ef 2.1-2; 2Tm 2.26

XIV. Futuro
Segundo a Bíblia, não se sabe o dia nem a hora, mas Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória1. Todos serão por Ele julgados2. O propósito de Deus, é manifestar Sua grande misericórdia, na salvação eterna dos eleitos e a grandeza de Sua justiça na punição eterna dos incrédulos 3 . Os eleitos serão declarados justificados por causa da morte e ressurreição de Cristo em favor deles, por isso viverão eternamente com o Senhor em Sua presença4. Aqueles que não receberam a Cristo, rejeitando a salvação oferecida por Ele, serão condenados justamente por causa de seus pecados sendo lançados para fora da Sua presença, juntamente com Satanás e os demônios5.

1. Mt 16.27; Mc 8.38; Lc 17.24; 21.27; At 1.11; 1Ts 4.16; 1Tm 6.14,15; 2Tm 4.1,8.
2. Mt.12.36; Mt.25; Jo.5.22,27; At 10.42; At.17.31; Rm.14.10,12; 1Co 4.5; Hb 9.27; Jd.6;
3. Rm.9.22,23
4. Mt 13.49,50; Jo 1.10-13; Jo 3.36; Rm 6.22,23; Rm 5.8-11.
5. Mt.25.46; Jo 3.16-19; 2Ts.1.7-10; 2Tm.4.8; Jd 6; Ap 20.11-15; Ap 22.11,12.

COMO FAÇO PARTE?

Estamos sempre de portas abertas para qualquer pessoa que queira participar de nossas atividades e reuniões, porém, simplesmente participar sem compromisso não o torna parte da igreja, talvez um amigo, alguém interessado em conhecer mais, contudo isto ainda não o torna parte.

Para fazer parte é necessário compromisso. Este compromisso é com Cristo e com o corpo local, assumido ativamente pela pessoa interessada, através de sua membresia.
Tendo sido trazidos pela graça divina ao arrependimento e fé no Senhor Jesus Cristo para render nossa vida a ele, e tendo sido batizados sobre nossa profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Por causa de Cristo, diante dEle e com a ajuda dEle, nos comprometemos:

1) Reconhecer a liderança de Jesus e manter um relacionamento pessoal com o Ele, através da oração e leitura da Bíblia.
2) Buscaremos avaliar aquilo que praticamos de acordo com a Bíblia, rejeitando pensamentos, motivações, emoções e práticas que ofendem nosso Senhor.
3) Trabalharemos e oraremos pela unidade que temos com os irmãos pelo Espírito.
4) Caminharemos juntos em amor fraternal, nos exortaremos uns aos outros conforme seja necessário para lutarmos contra o pecado.
5) Não abandonaremos as reuniões de nossa congregação, nem a oração por nós e pelos demais, nos envolvendo pessoalmente com os irmãos, desenvolvendo nossa comunhão.
6) Descobriremos formas de servir aos irmãos. Entendendo que devo ofertar à igreja um pouco do meu tempo.
7) Trabalharemos juntos para a continuidade do ministério fiel da igreja em evangelização, na adoração, e nas doutrinas. Contribuiremos financeiramente com alegria e regularmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o socorro aos pobres e a pregação do evangelho por todas as nações.
8) Nos esforçaremos para continuar crescendo no conhecimento de Cristo através de Sua Palavra e com um exemplo puro e amoroso buscaremos a salvação da nossa família e amigos.
9) Avisaremos a igreja quando não for possível nos reunirmos com os irmãos. E em caso de mudança procuraremos uma igreja bíblica para nos unir a ela.

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos nós em cada novo dia. Amém.


Adaptado de : DEVER, Mark, O que é uma igreja saudável?, FIEL SP, 2009, pp. 113-114

NOSSA ESPERANÇA

TEMOS A ESPERANÇA DE SALVAÇÃO!

O QUE "NÃO" É SER SALVO?

... ser de uma família cristã, ter pais cristãos (Jo 1.12, 13)
... ter valores cristãos, bons costumes (Mc 10.18-22)
... ser frequentador ou membro de uma igreja cristã (inclusive esta) (Jo 6.60-67; 2Pe 2)
... ser batizado (At 8.35-37; 19.1-5)
... ter feito uma declaração de fé. (Mt. 7.21-23) 

O crente verdadeiro terá bons valores, valores bíblicos, genuinamente cristãos, será membro comprometido com uma igreja cristã, sendo assíduo em suas atividades e relacionamentos, se submeterá a ordenança de Cristo no batismo como identificação com Ele e seu corpo local, buscará ensinar seus filhos nos caminhos do Senhor, tendo uma família centrada em Cristo, estes serão resultados na vida do verdadeiro crente, porém só o cumprir estes requisitos não o tornam cristão.

COMO SER SALVO?

Salvo é a pessoa que, ouvindo ou lendo o evangelho (Ef 1.13), concluiu que é um pecador perdido, separado de Deus e está caminhando para a perdição eterna (Rm 3.23). Ele também descobriu no evangelho que Jesus é o Filho de Deus que veio ao mundo em forma humana para morrer no lugar do pecador (Jo 3.16; Fl 2.5-8; 1Tm 1.15; Hb 2.14; 1Jo 4.10), sendo ainda certo que ao terceiro dia ele ressuscitou (1Co 15.3-4).
Finalmente, o crente é aquele que, diante dessas verdades, creu em Cristo como seu único e suficiente salvador, recebendo-o em sua vida e, assim, obteve dele o perdão dos pecados, o livramento da culpa, uma nova vida e a salvação eterna (Jo 3.36; 7.38; Rm 5.1; 6.4; Ef 1.7).

Quer saber mais ou entender melhor entre em contato conosco.

*We are not affiliated with Jehovah's Witnesses, Mormonism, or the Unification Church.