I. Bíblia
As Escrituras do Antigo e Novo Testamento, em seus 66 livros, são verbalmente inspiradas por Deus1, dada a nós através de homens santos que foram movidos pelo Espírito Santo2, sem erros na escrita original e seus ensinos não conduzem ao erro3. São a suprema e final autoridade como regra de fé e vida4. Revela os propósitos de Deus, sendo indispensável para levar os pecadores à salvação, bem como os crentes à santificação, para a glória de Deus5.
1. 2Tm 3.16, 17
2. 2Pe 1.21
3. Jo 10.35; Sl 119.11
4. Rm 15.4
5. Rm 1.16; Hb 4.12; Sl 119.9
II. Deus
O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor.1 Ele é o criador, sustentador, redentor, juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça.2 Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições.3 Por isso, a ele devemos todo o amor, culto e obediência.4 Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas sem divisão em sua essência.5
1. Dt. 6:4; Sl 139; 1Co 8:6; Is 43:15; Mt 6:9; Jo 4:24; 1Tm 1:17; 2:5,6; Tg 1:17; 1Pe 1:16,17
2. Gn 1:1; 17:1; Êx 15:11-18; Is 43:3; At 17:24-26; Ef 3:11
3. Êx 15:11; Is 6:2; 57:15; Jó 34:10
4. Mt 22:37; Jo 4:23,24; 1Pe 1:15,16
5. Mt 28:19; Mc 1:9-11; 1Jo 5:7; Rm 15:30; 2Co 13:13; Fp 3:3.
III. Jesus Cristo
Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.1 Nele, por ele e para ele, foram criadas todas as coisas, as quais tudo sustenta.2 Ele não foi criado e é eterno, na plenitude dos tempos ele se fez carne, gerada pelo Espírito Santo e nascido da virgem Maria, sendo, em sua pessoa, totalmente Deus e totalmente homem.3 Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem.4 Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa dos pecados, conquanto ele mesmo fosse impecável.5 Salvador de todo o que nEle crê. Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde à destra do Pai, exerce o seu eterno sumo sacerdócio.6 Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, o único e suficiente Salvador e Senhor.7 Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para estabelecer seu reino eterno.8
1. Sl 2:7; 110:1; Mt 1:18-23; 16:16; 28.19 Mc 1:1; Lc 4:41; 22:70; Jo 1:1-3
2. Jo 1:3; 1Co 8:6; Cl 1:16,17; Hb 1.3
3. Mt 1.18-23; Jo 1:14; 8.58; Gl 4:4,5; Rm 9.5; Cl 2.9; 1.17; 1Tm 2.5; 1Jo 5.20
4. Jo 14:7-9; Mt 11:27; Jo 10:30,38; 12:44-50; Cl 1:15,19; 2:9; Hb 1;3
5. Jo 3. 16; Rm 8:1-3; Gl 3.13; Fp 2:1-11; Hb 4:14,15; 1Pe 2:21-25; 1Jo 3.5
6. At 1:6-14; Jo 19:30,35; Lc 24:46; Jo 20:1-20; At 2:22-24; 1Co 15:3-8; Hb 10.12
7. Jo 14:6; At 4:12; 1Tm 2:4,5; At 7:55,56; Hb. 4:14-16; 10:19-23
8. Hb 9.27; Ap 11.15
IV. Espírito Santo
O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade.1 É o Espírito da verdade, o consolador prometido.2 O recebimento do Espírito Santo, sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à igreja.3 Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica.4 Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.5 Opera a regeneração do pecador perdido.6 Sela o crente como propriedade eterna de Deus.7 Habita permanentemente no crente.8 Guia-o em toda a verdade.9 Capacita-o para obedecer à vontade de Deus.10 Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo.11 Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante.12
1. Gn 1:2; Sl 139:7-12; Lc 4:19,18 ; Jo 15:26; Hb 9:14; 1Jo 5:6,7; Mt 28:19
2. Jo 16:13; 14:17; 15:26
3. Jo 3.3-6; 1Co 12:12-15
4. Jo 14:16,17; 16:13,14
5. Jo 16:8-11
6. Jo 3:5; Rm 8:9-11
7. Ef 1.13-14; 4:30
8. 1Co 6.19
9. João. 16:13
10. Ef. 5:16-25
11. 1Co 12:4-7; Ef 4:11-13
12.Ef 5:18-21; Gl 5:22:23; At 1:8
V. Dom de línguas
O dom de línguas era a capacidade dada por Deus de falar um outro idioma não aprendido pelo indivíduo que falava. O propósito principal era de ser sinal do poder de Deus aos incrédulos para ouvirem e entenderem a mensagem de juízo.1 Um segundo propósito era a edificação da Igreja e para isso era necessário a interpretação da mensagem. Sem a interpretação para a igreja o propósito voltava-se a edificação pessoal do crente falando individualmente com Deus.2 Paulo não proibiu o falar em línguas, mas deu critérios bíblicos para orientar e organizar a sua atuação. Deveria ser motivado pelo amor. Precisava submeter-se à pregação.3 Limitava-se a dois ou três em determinada situação sendo um por vez.4 O falar em línguas em público era proibido para mulheres.5 Na igreja era exigido intérprete.6 Seu propósito era a edificação dos crentes.7 Precisava concordar com as Sagradas Escrituras.8 Deveria ser com decência e ordem.9 O foco principal deste dom era o povo judaico, a sua função foi cumprida no início da Igreja primitiva em que era formada, primariamente, por judeus 10, por isso, o dom de línguas não é para todos, não é sinal de espiritualidade, e nem merece ênfase na Igreja atual. Tanto é assim que a presença do Espírito Santo e o recebimento dos dons espirituais não ocorrem por mérito ou esforço humanos.11
1. 1Co 14.21-22; Dt 28.45, 46, 49
2. 1Co 3:2; 12:31; 13:11; 14:1,4,19,20; Hb 6:1
3. 1Co 14:19
4. 1Co 14:27
5. 1Co 14:34
6. 1Co 14:13,27,28
7. 1Co 14:26
8. 1Pe 4:11; 1Co 14:36-38
9. 1Co 14:40
10. 1Co 1:22; 14:21,22
11. 1Co 12.11; Hb 2.3-4
VI. O Homem
Por um ato especial, o homem e mulher foram criados por Deus à sua imagem e semelhança.1 Com um corpo maravilhosamente formado e uma alma imortal.2 O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada.3 Criado para a glorificação de Deus.4 Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua divina vontade.5
1. Gn 1:26-31; 5.1,2; Sl 8:1-9; Tg 3.9
2. Gn 2.7, 21, 22; Sl 139.14; Ec 12:7; Mt 10.28
3. Gn. 1:26-30
4. At. 17:26-29; 1Co 10.31; 1Jo 1:3,6,9
5. Sl 73.25-26; Jr 9:23,24; Mq. 6:8; Mt 6:33; Jo 14:23; Rm 8:38,39
VII. Casamento
O casamento é o compromisso mútuo assumido entre os cônjuges, diante de Deus e dos homens, de um desvinculo da antiga família, onde a prioridade agora é seu cônjuge, numa união onde haverá lealdade e afeição, será monogâmica, exclusivamente fiel, heterossexual e de intimidade total e permanente.1 É uma aliança que só se dissolve com a morte de um dos cônjuges, e promove o desfrute do prazer sexual.2 Não podendo ser realizado entre um crente e um incrédulo,3 ou entre pessoas do mesmo sexo.4 É o relacionamento que melhor representa o relacionamento entre Cristo e a igreja.5
1. Gn 2.24
2. Mt 5.32; 19.9; Lc 16.18; Rm 7.2-3; 1Co 7.10-11, 39; Hb 13.4
3. 1Co 7.39; 2Co 6.14-15
4. 1Co 6.9-10; Lv 20.13
5. Ef 5.22-33
VIII. O Pecado
Num ato livre e voluntário de desobediência do homem contra seu Criador, o pecado entrou no mundo e assim o homem perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado.1 Em conseqüência da queda de nossos primeiros pais, toda a raça humana representada neles, por natureza, tornou-se pecadora e inclinada à prática do mal.2 Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e sua lei.3 Como resultado do pecado, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus.4 Vivendo conforme suas próprias paixões e raciocínios vazios.5
1. Gn 2:15-17; Gn 3; Is 59:2; Rm 5:12-19; Ef 2:1,12
2. Sl 51:5; Jr 17:5; Rm 1:18-27; 3:10-19, 23; 5.18; 7:14-25; Gl 3:22; Ef 2:1-3
3. Sl 51:4; Mt 6:14; Rm 8:7-22
4. Rm 5:12-19; 6:23; Ef 2:5; Gn 3:18; Rm 8:22
5. Ef 2.1-3; 4.17
IX. Salvação
A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador recebendo a Jesus Cristo pela fé como único e suficiente Salvador1, para que tenha o perdão dos pecados e a remoção da culpa, que leva a condenação eterna.2 O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez, por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz, sofrendo as conseqüências da nossa culpa, satisfazendo as exigências da justiça de Deus, demonstrado em sua ressurreição.3 A salvação é um dom gratuito de Deus que compreende a regeneração, justificação, a santificação e a glorificação.4
1. Sl 37:39; Is 55:5; Sf 3:17; Jo 3.36; Tt 2:9-11; Ef 2:8,9; At 15:11; 4:12; 1Tm 2.5
2. Rm 5.1; Ef 1.7; Rm 8.1
3. Mt 20.28; Gl 3.13; 1Pe 1:18-21; 2.24; 1Co 6:20; 15.3,4; 1Jo 2.2; 4.10; Rm 4.25; 1Pe 1.3
4. Rm 6:23; Hb 2:1-4; Jo 3:14; 1Co 1:30; At 11:18
X. Eleição divina
Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde antes da fundação do mundo, de pessoas, predestinando-as para a salvação eterna 1, não por qualquer mérito, isto é, sem que Deus tenha visto anteriormente que creriam ou por qualquer qualidade e bondade, que fosse capaz de tornar os eleitos merecedores de seu favor 2, mas somente segundo a riqueza de sua graça. O homem é salvo somente pela fé em Cristo e nunca por obras 3, e essa fé é dom de Deus dada aos seus eleitos.4
1. 1Pe 1.2; Rm 9.14-18, 22-24; 1Ts1.4; Ef 1.4-5, 11; 2Tm 1.9
2. Rm 5.6-8; 9.10-13
3. Jo 6.28-29; Rm 3.20-24; Gn 3.11
4. Jo 6.37, 44, 65; At 11.18; 13.48; Rm 8.29-30; Ef 2.8; Fl 1.29; 2Pe 1.1
XI. Ordenanças
São dois ritos exteriores, instituídos por Cristo, para serem praticados na igreja, como símbolos visíveis das verdades centrais da fé cristã, são eles o Batismo e a Ceia. Eles não trazem qualquer benção espiritual em si e nem devem ser tratados como meros costumes religiosos, mas sim, praticados revestidos de seu real significado que é o que de fato lhes dá valor.1
Batismo é obrigatório a todo aquele que pela fé já recebeu a Cristo como seu Salvador, crendo nEle, pois ele proclama visivelmente este fato, anunciando a morte para o pecado, nosso sepultamento a semelhança da morte de Cristo e nossa ressurreição para uma nova vida.2 Por isso não deve ser realizado com bebês. Biblicamente a forma utilizada é a imersão total da pessoa em água, por ser um símbolo, suas características devem ser respeitadas.3
Ceia é um memorial que nos relembra a morte do Filho de Deus na cruz, para remissão dos pecados, e por isso, realça nossa comunhão com Ele e com os demais irmãos, exorta à purificação pessoal, instrui, proclama e traz a esperança do encontro com Cristo. Os elementos utilizados são o pão que simboliza o corpo de Cristo, que foi ferido por nós e o vinho que representa seu sangue vertido em nosso favor. Estes elementos são apenas símbolos da verdade, não tendo em si qualquer poder ou capacidade de dar vida eterna aos seus participantes. E tampouco se transformam em carne e sangue reais. Todo crente tem o dever de participar.4
1. Mt 28.19-20, Lc 22.19-20; 1Co 1.14-17
2. At 2.41,42; Rm 6.3-11
3. Mc 1.9-11; Jo 3.23; At 8.36-39
4. Mt 26.26-30; Mc 14.22-26; Lc 22.14-20; 1Co 11.23-34
XII. Anjos
São seres espirituais que foram criados por Deus em grande quantidade e poder, o significado da palavra anjo é mensageiro. Foram criados em estado de santidade,1 aqueles que guardaram este estado são chamados de anjos eleitos, porém um grupo caiu deste estado, ao rebelarem-se contra Deus, tornando-se definitivamente maus, sem possibilidade de arrependimento para eles, estes são chamados de demônios.2 O propósito dos anjos é glorificar a Deus e cumprir suas ordens.3 Nunca devem ser adorados ou buscados.4
1. Jd 6; Jó 38.4-7
2. 2Pe 2.4; Jd 6; 1Tm 5.21; Hb 2.16
3. Sl 103.20; Is 6.2-3; Lc 16.22; Hb 1.13-14
4. Ap 22.8-9
XIII. Satanás
É um anjo que foi criado perfeito por Deus, tinha uma elevada posição de autoridade sobre os demais seres espirituais,1 porém tomado de orgulho rebelou-se contra seu Criador desejando ser como Deus, por isso foi deposto de sua posição, sendo destinado ao inferno.2 Satanás não é Deus e nem poderoso como Deus, por isso não é onisciente, onipresente, onipotente ou auto-existente, mas é muito poderoso, astuto e enganador.3 Atualmente opõe-se à pregação do evangelho, acusa, ataca e tenta os crentes, buscando desvia-los do seu alvo principal de glorificar a Deus.4 Aos incrédulos, cega o entendimento, engana, escraviza, mantem sob seu controle e domínio.
1. Ez 28.12-15
2. Is 14.12-15; Ez 28.15-19; Mt 25.41; Ap 12.9-10
3. Jó 1.9-11; 2Co 2.11; 11.14; Lc 10.18; Ez 28.15; Ef 6.11,12; 2Ts 2.9; Mt 24.24; Jo 8.44
4. Jó 2.7; At 5.3; 1Ts 3.5; 1Pe 5.8-9; Ap 12.9-10
5. Mc 4.15; 2Co4.4; Ef 2.1-2; 2Tm 2.26
XIV. Futuro
Segundo a Bíblia, não se sabe o dia nem a hora, mas Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória1. Todos serão por Ele julgados2. O propósito de Deus, é manifestar Sua grande misericórdia, na salvação eterna dos eleitos e a grandeza de Sua justiça na punição eterna dos incrédulos 3 . Os eleitos serão declarados justificados por causa da morte e ressurreição de Cristo em favor deles, por isso viverão eternamente com o Senhor em Sua presença4. Aqueles que não receberam a Cristo, rejeitando a salvação oferecida por Ele, serão condenados justamente por causa de seus pecados sendo lançados para fora da Sua presença, juntamente com Satanás e os demônios5.
1. Mt 16.27; Mc 8.38; Lc 17.24; 21.27; At 1.11; 1Ts 4.16; 1Tm 6.14,15; 2Tm 4.1,8.
2. Mt.12.36; Mt.25; Jo.5.22,27; At 10.42; At.17.31; Rm.14.10,12; 1Co 4.5; Hb 9.27; Jd.6;
3. Rm.9.22,23
4. Mt 13.49,50; Jo 1.10-13; Jo 3.36; Rm 6.22,23; Rm 5.8-11.
5. Mt.25.46; Jo 3.16-19; 2Ts.1.7-10; 2Tm.4.8; Jd 6; Ap 20.11-15; Ap 22.11,12.